Tenho mais uma vez o prazer de receber a Jackie Freitas aqui nesse espaço. A inteligente e sensível blogueira é dotada de um inquestionável talento para a escrita e sempre prende minha atenção do início ao fim de seus ótimos posts. Em sua primeira participação, ela nos presenteou com o texto VOCÊ SABE DIZER NÃO? e eu me identifiquei com várias passagens, tendo a impressão de que ela estava escrevendo pra mim.
Vamos ler o que ela tem a dizer hoje?
Muitos acreditam em sinais e, talvez, eles nada mais sejam do que a maneira como olhamos a vida. Numa visão otimista ou pessimista, fazemos análises intermináveis sobre o estado em que nos encontramos e as condições que temos em melhorar o que já está bom, ou em nos conformarmos a permanecer naquilo que não nos agrada. É esta visão que nos indica os caminhos e nos coloca diante dos sinais...
Alguns dizem que todos nós estamos pré-dispostos a enxergar somente aquilo que queremos e que isso varia conforme o nosso estado de espírito. Não sei se funciona exatamente assim, mas o que percebo é que precisamos de estímulos constantes para reagir à vida e sair da inércia do ser e pensar. Há quem defenda o velho conceito de que nos acostumamos com tudo aquilo que é bom. Se isso for verdade, então, por que cada vez mais temos visto o contrário? As insatisfações estão em todos os lugares e por onde andamos as reclamações são quase sempre as mesmas. No trabalho, nas filas dos bancos, supermercados, postos médicos, pontos de ônibus, enfim, em qualquer lugar forma-se um coro de reclamações em diversos níveis.
Em tese e na prática somos seres insatisfeitos naturalmente e não importa de onde venham os sinais, estaremos sempre em busca de algo. Não se trata de buscar apenas uma conquista a mais, porque nada será o bastante para saciar essa necessidade de ter ou ser aquilo que não se pode. Poderíamos até encarar isso como desafio, mas o que acaba ocorrendo é um conformismo generalizado de fracasso ou incompetência.
Se precisamos de estímulos para mudar esse quadro, talvez devêssemos repensar e reavaliar a fonte por onde temos buscado inspiração e forças para encontrar o otimismo necessário para que esse caminho não nos pareça tão tortuoso. A mídia, de um modo geral, não tem contribuído para que essa busca seja um sucesso e penso que ela, também, seja responsável pela aceitação coletiva de uma vida triste e sem futuro. As pessoas estão cada vez mais negativas e são poucas as que pensam na construção e realização dos seus sonhos e metas. Paralisamos todos os dias diante da TV e ficamos com medo de abrir nossas portas para vislumbrar um mundo diferente deste que nos apresentam. São os sinais de um tempo difícil... São os estímulos sendo destruídos pelo nosso modo de olhar a vida.
Quando perdemos a fé, ficamos mais vulneráveis e sugestionados às catástrofes e tragédias, então deixamos de acreditar, principalmente, em nós mesmos! A fé não está ligada apenas à nossa religiosidade. Na verdade ela é resultado de uma relação interior muito franca, mas acima de tudo otimista, onde passamos a enxergar obstáculos como oportunidades de crescimento e aprendizado.
Os sinais podem, sim, estar ao nosso redor nos indicando caminhos diferentes, porém, eles dependem do nosso olhar cuidadoso para uma vida menos caótica e mais promissora. Somos compostos por energias e elas vibram conforme os estímulos que recebemos, portanto, sejamos otimistas! Vamos reagir a esse estado vegetativo, à tristeza e ao conformismo.
Realmente é muito fácil nos acostumarmos com as coisas boas, mas o difícil é enxergá-las... E quando não as enxergamos, passamos a nos conformar com os problemas e perdemos o ânimo para enfrentar nossas próprias batalhas. E tudo está dentro de nós: a força, a fé, a determinação e a coragem de mudar. O primeiro passo sempre será nosso, pois as mudanças acontecem de dentro para fora. Não podemos esperar que os outros nos dêem respostas... É preciso encontrá-las, antes, dentro de nós! Os sinais serão visíveis se estivermos conectados conosco; e os estímulos positivos só terão efeitos se nos mantivermos acordados para a vida. E, acredite, vale à pena estar acordado para testemunhar esse espetáculo!
Jackie Freitas
…………………………………………………………………………………………………
Jackie, adoro seus textos e a sua maneira de encarar a vida!!!! Há bastante tempo eu percebi que pessoas muito pessimistas ou que vivem reclamando da vida, da rotina, dos problemas domésticos etc., afastam os outros. Por outro lado, existem pessoas que parecem ser verdadeiros ímas para coisas boas. Passam a impressão de que só atraem oportunidades interessantes, tem vários amigos e sempre conquistam seus objetivos. Será que é assim mesmo? Acredito que somos feitos de energia que vibra o tempo todo. Por que não canalizar essa vibração para bons propósitos e tentar extrair o máximo das situações que nos são apresentadas no cotidiano? Sabe aquele ditado que diz: “Se a vida te der limões, faça uma limonada.”? Eu adoro essa frase que resume minha maneira de pensar atualmente: desafios, obstáculos e imprevistos vão aparecer no nosso caminho de qualquer maneira, não tem jeito. Não podemos controlar o mundo, mas podemos encarar esses problemas como uma forma de crescer, de amadurecer e de aprender com os próprios erros. Sempre há tempo de mudar, de avaliar o que (ou quem) nos faz bem e o que (ou quem) nos faz mal, estabelecendo novas prioridades e metas para o futuro.
Jackie, obrigadíssima por voltar aqui para nos presentear com esse belo texto! Seja sempre muito bem-vinda nesse cantinho virtual destinado a compartilhar ideias e pensamentos.
Para conhecer melhor minha convidada de hoje, basta clicar no seguinte link:
http://fenix-mulheres.blogspot.com/
Desejo um ótimo final de semana pra vocês com uma dose generosa de boas energias e pensamentos positivos!!!!