Bom dia, pessoal!!!! Conforme prometido, hoje escrevo sobre Cancun, a linda cidade mexicana que possui praias banhadas pelo mar azul clarinho da riviera maia e que foi selecionada pelos leitores do blog para ser o tema do próximo post de viagem.
Essa história começou quando ganhei um concurso e contei tudinho aqui:
http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com/2011/08/cidade-mais-votada-na-enquete-viagem.html
A viagem demorou um pouco para ser marcada porque grande parte da cidade estava sendo reconstruída após a passagem do furacão Wilma. Havia muitos hoteis, bares e boites fechados e foi difícil conseguir hospedagem em fevereiro de 2006. A promoção que ganhamos incluía passagens aéreas e três dias de estadia para duas pessoas. Achamos que era muito pouco tempo para percorrer uma distância tão longa e decidimos ficar mais quatro dias por conta própria. Na ida, o voo direto foi cancelado e tivemos que passar um dia na Cidade do México, o que a princípio, não nos agradou, mas que se revelou uma ótima surpresa: amamos a cidade e adoraríamos voltar algum dia!!!! Mas isso fica para um outro post…
Logo que chegamos a Cancun, nos instalamos no hotel, que era o mais simples da orla repleta de construções luxuosas e monumentais, e partimos para a praia, de onde saía uma excursão à ISLA MUJERES, que fica a 7 km de distância do continente.
O barco balançou consideravelmente e isso me deixou tensa, mas os drinks servidos à bordo, que estavam incluídos no valor do passeio, me fizeram relaxar um pouco.
Em pouco tempo avistamos a ilha e essa coloração azul-piscina do mar me deixou encantada!!!!
O guia nos levou a um local onde havia vários carrinhos do tipo que circulam por campos de golf e alugamos um deles para darmos uma volta completa na ilha.
No caminho, encontramos construções simples e algumas casas exóticas, como essa em formato de concha.
Chegamos ao outro extremo da Ilha, onde pudemos avistar enormes lagartos, e voltamos ao ponto de partida.
A visita a um tanque de tubarões fazia parte do programa da excursão e tivemos a oportunidade de acariciar um filhote.
Almoçamos comida típica no esquema self-service com direito a drinks coloridos que manchavam a língua, ficamos uns 20 minutos na praia e já estava na hora de voltar!
O sol se pôs e, como estávamos cansados, resolvemos não ir pro agito do centro de Cancun. Preferimos seguir até um shopping onde comemos na LA REAL ACADEMIA DEL TACO e passeamos um pouquinho. A comida era gostosa, mas nada de mais.
O mais interessante no restaurante era a decoração: reparem nas luminárias feitas com ferro de passar roupa! As mesas tinham um formato que lembrava uma tábua de passar… bem original!!!!
No dia seguinte bem cedo, encontramos a representante da agência de viagens no saguão do hotel e contratamos excursões para quase todos os dias que ficamos em Cancun, incluindo um passeio noturno de barco com jantar e show à bordo.
Nossa primeira parada foi o parque aquático XCARET, que reúne diversas atrações e tem atividades que preenchem um dia inteiro. Compramos o pacote completo, com direito a bebidas e a refeições sem limites em qualquer um dos restaurantes que ficam dentro do complexo.
Logo na chegada, reservamos um armário com cadeado para guardarmos nossos pertences, incluindo dinheiro e passaportes, e ficamos bem à vontade para aproveitarmos tudo o que o enorme parque tinha a nos oferecer, como vocês podem conferir a seguir.
Eu desisti de atravessar o rio logo no comecinho, mas o Marcelo se arriscou e conseguiu chegar até o meio do caminho, antes de se desequilibrar e cair.
Os passeios de barco pelos canais do parque nos levavam para dentro de pequenas grutas e de vez em quando avistávamos alguns atores caracterizados como guerreiros maias, que faziam pequenas apresentações durante o dia.
Em alguns recantos mais escondidos eram oferecidas massagens relaxantes dentro de um barquinho, pagas à parte. Esse cantinho pra mim é a definição de paraíso!
Em meio à natureza deslumbrante, encontramos várias espécies de aves e animais marinhos que compõem a fauna da região.
Os flamingos cor de rosa eram abundantes e chamavam a atenção dos turistas pela tonalidade vibrante de suas penas.
Eles conviviam muito bem com as araras multicoloridas.
Havia também um grande tanque com peixes e tartarugas marinhas, algumas gigantescas.
Fizemos uma pausa para almoçar e provar algumas cervejas locais servidas nesses copos “discretos” que eu adoraria ter trazido na mala, rsrsrsrsrs!
Depois de comer, partimos para explorar o lado cultural do parque. Interagimos com músicos vestidos em indumentárias folclóricas, visitamos a réplica de uma vila maia, vimos algumas pirâmides em ruínas e um típico cemitério que se integrava harmoniosamente à paisagem.
O cemitério colorido representa o fascínio exercido pela morte, que existe no México desde os tempos pré-colombianos e que deu origem às tradições do Dia dos Mortos, comemorado com muitas festividades e bom humor.
Quando anoiteceu, fomos convocados a nos reunirmos em uma espécie de campo de futebol pré-colombiano para assistir a um Juego de Pelota Maya, esporte com associações rituais jogado ao longo de mais de 3000 anos. O curioso é que “Em algumas ocasiões as cerimônias pós-partida incluíam o sacrifício do capitão e de outros jogadores da equipa derrotada. A associação do jogo com o sacrifício e a morte era particularmente vincada na costa do golfo. O crânio de um perdedor podia ser utilizado como o núcleo à volta do qual se fazia uma nova bola. Os sacrifícios humanos tornaram-se um desfecho comum para as partidas de jogo de bola, particularmente nos campos de jogo reais de cidades poderosas.”*
*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo_de_bola_mesoamericano
Bizarro, né? Depois do jogo fomos conduzidos a uma sala de espetáculos que parecia ter sido construída dentro de uma enorme gruta para assistirmos à apresentação de diversos grupos folclóricos provenientes de cada uma das províncias mexicanas. As vestimentas e as músicas variavam bastante e a performance foi inesquecível!!!!
Ao final do show, recebemos velas e adorei o efeito proporcionado por centenas delas acesas.
Foi um dia perfeito e adoramos XCARET. Recomendo esse passeio pra todo mundo!!!!
No dia seguinte, fomos conhecer uma CENOTE, lagoa subterrânea gigantesca que servia como local de sacrifício para os maias.
“A mais famosa entre elas é a Sagrada Cenote, está localizada em Chichén Itzá, Yucatan e é dedicada ao Deus maia da chuva. A abertura da Cenote de Chichén Itzá é de cerca de 65 metros de diâmetro, com lados verticais íngremes cerca de 60 metros acima do nível da água.”*
*Fonte: http://www.unesco.org/new/pt/culture/themes/underwater-cultural-heritage/the-heritage/did-you-know/cenotes/
A água fria e a profundidade da cenote não me estimularam a dar um mergulho, mas o Marcelo é bem mais aventureiro do que eu e aproveitou a oportunidade.
Em seguida, partimos para o sítio arqueológico de Chichén Itzá, “que funcionou como centro político e económico da civilização maia. As várias estruturas – a pirâmide de Kukulkán, o Templo de Chac Mool, a Praça das Mil Colunas, e o Campo de Jogos dos Prisioneiros – podem ainda hoje ser admiradas e são demonstrativas de um extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetónico. A pirâmide foi o último e, sem qualquer dúvida, o mais grandioso de todos os templos da civilização maia. O nome Chichén-Itzá tem raiz maia e significa "pessoas que vivem na beira da água". Estima-se que Chichén-Itzá foi fundada por volta dos anos 435 e 455 a.C. Foi declarada Património Mundial da Unesco em 1988.”*
*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chich%C3%A9n_Itz%C3%A1
Detalhe do “gol” do Jogo de Bola Maia.
“O Chichén Itzá foi eleito em Lisboa, no dia 7 de Julho de 2007, pelos organizadores da campanha New 7 Wonders, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. A campanha não foi oficializada pela UNESCO, mas o Chichén Itzá pode ser considerado uma das novas maravilhas do mundo.”*
*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chich%C3%A9n_Itz%C3%A1
Adoramos os lugares que conhecemos esse dia, principalmente porque se tratou de um passeio mais cultural e ouvimos muitas histórias envolvendo o povo maia. À noite, houve um show de luzes e som perto da pirâmide principal, no qual um narrador contava fatos sobre a origem dos maias, seus costumes e tradições. Foi bem interessante e, três anos mais tarde, revivemos a mesma experiência no EGITO.
Apesar de sermos “cariocas da gema”, nem eu nem o Marcelo somos muito fãs de praia e foi por esse motivo que gostamos tanto da viagem a Cancun: a cidade e os arredores oferecem muito mais do que mar azul clarinho e areia branquinha. Há uma infinidade de passeios, incluindo excursões de mergulho, caminhadas, visita a sítios arqueológicos e a povoados próximos.
Mas não dava pra ir a Cancun e não aproveitar um pouquinho da praia, né? Na época não havia muitos turistas e pudemos “invadir” a área de lazer de um hotel bem mais estrelado do que o nosso, que tinha uma piscina de fundo infinito. Pela hora do almoço, recolhemos nossos pertences e fomos passear pela cidade.
Gostei da fachada dessa boite que parece uma Logomarca gigante!
Pra quem gosta de vida noturna, Cancun é perfeita e tem opções para todos os gostos!!!!
Há muitas filiais de restaurantes e fast foods americanos na cidade, mas preferimos escolher um lugar bem mexicano para almoçar: a CASA TEQUILA (Blvd. Kukulkan km.8). Os pratos estavam gostosos, mas as bebidas estavam deliciosas!!!! Foi nessa viagem que aprendi a fazer meu drink mais conhecido entre os amigos, o SUNRISE (suco de laranja, suco de abacaxi, tequila ou vodka e um filete de grenadine).
À noite, fomos jantar em um “navio pirata”, o que pra gente foi uma furada. Alguns amigos que estiveram em Cancun gostaram da experiência, mas nós tínhamos outra expectativa e por isso não nos empolgamos com a atração. Foi erro nosso. Pensávamos que se tratava de um jantar romântico com direito a lagosta, luz de velas e uma demonstração de esgrima enquanto navegávamos em alto mar. Mas o que aconteceu foi um show de piratas com direito a efeitos sonoros, iluminação especial e brincadeiras com os turistas. Meu prato tão sonhado de lagosta era, na verdade, um churasquinho insosso servido em pratinhos de plástico com talheres idem. O mesmo aconteceu com os drinks e as mesas eram coletivas. A maioria dos turistas e, em especial, as crianças, parecem ter ficado bem satisfeitas, mas não era o que esperávamos. E pagamos algo em torno de 75 dólares por pessoa na época, um pouco menos do que gastamos em Xcaret, por exemplo, onde contamos com transporte de ida e volta, ingresso para um dia inteiro no parque, show folclórico à noite, além de boa comida e bebida liberadas.
No último dia inteiro que passamos em Cancun, fomos conhecer TULUM, outro sítio arqueológico maia com uma vista deslumbrante para o mar.
“A fundação desta cidade parece remontar ao ano 564 de acordo com algumas inscrições encontradas. A cidade de Cobá, cujo apogeu ocorreu cerca de 650, utilizava Tulum como porto de pesca e talvez como porto comercial, para as trocas efectuadas com as cidades da região. Tulum permanecia habitada à chegada dos conquistadores espanhóis, mas foi abandonada durante o século XVI.”*
*Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tulum
Infelizmente, compramos um pacote que incluía a visita à Tulum e ao parque aquático XEL-HA no mesmo dia, o que descobrimos não ser a melhor opção. Ficamos pouco tempo em cada uma das atrações turísticas e o melhor seria termos feito os passeios separadamente.
Eu gostaria, por exemplo, de ter descido essas escadarias e caminhado um pouco pela praia, mas nosso guia nos avisou que precisávamos seguir adiante.
O parque XEL-HA é semelhante ao XCARET em termos de tamanho e de variedade de atrações, com a diferença de que não havia show noturno. Chegamos lá por volta da hora do almoço, mas queríamos aproveitar o passeio ao máximo e decidimos explorar o parque primeiro.
A ponte da foto acima balançava bastante e cruzá-la sem se desequilibrar exigia algum esforço.
Estruturas de madeira como a da foto acima nos levaram a diversas áreas do parque e não há risco de se perder porque todas as trilhas são bem organizadas e sinalizadas, além de haver mapas espalhados por todo o canto.
Adorei nadar nessa lagoa clarinha com água morna, mas o Marcelo não se contentou e…
…pulou lá de cima!!!! Medrosa do jeito que sou, preferi ficar só fotografando.
Ele também aproveitou pra brincar de Tarzan e se balançar em uma corda.
Quando bateu a fome, circulamos pelos restaurantes do parque e decidimos almoçar no LA PARRILLA. Havia um carápio de drinks exóticos, incluídos no preço do pacote, e uma lista de especialidades mexicanas.
O Marcelo pediu um bifão grelhado com batatas assadas e legumes, enquanto eu optei por um prato de fajitas com queijo.
Queríamos marcar nossa última noite na cidade com um jantar especial e procuramos por um restaurante bem recomendado na internet antes de embarcarmos para o México.
O LA HABICHUELA tinha ótimas críticas e adorei meu prato: o tradicional e exótico COCOBICHUELA, que foi servido dentro de um coco verde e continha pedaços de lagosta e camarão cozidos em molho curry acompanhados de arroz e frutas tropicais.
Para a sobremesa, eu pedi a Kukulcan Pyramid (chocolate em forma de pirâmide maia recheado com creme de amaretto e frutas), mas fiquei decepcionada com a qualidade do chocolate. Já o Marcelo adorou seu café flambado, cujo “making of” era um espetáculo à parte!!!!
E assim terminou mais uma viagem especial que deixou ótimas lembranças…
Acho que viajar é bom demais e não importa quanto tempo dure o passeio: pode ser um dia, uma semana, um mês ou um ano, mas as memórias permanecerão pra sempre!!!!
Gente, amanhã é meu aniversário e decidi me dar um presente especial: o dia de folga!!!! Pretendo tomar um café-da-manhã bem farto acompanhada de uma amiga querida e depois passear pelo meu bairro carioca preferido para visitar algumas lojinhas e espairecer: Ipanema. Mais tarde tem comemoração com o maridão em um lugar que sonho conhecer há tempos…
Depois eu conto pra vocês!!!!
Um grande beijo com votos de uma semana bem animada!!!!