

Acho que meu interesse por design começou bem cedo. Quando criança gostava de ler os quadrinhos da Turma da Mônica e imitava os traços do Maurício de Souza num caderno de desenho. Aos 7 ou 8 anos comecei a fabricar meus próprios quadrinhos, inventando tramas e personagens. Minha prima Carla, que era também minha melhor amiga, escrevia os diálogos e me ajudava com as ilustrações. Criamos uma editora que batizamos de Katcar e vendíamos as revistas pros nossos pais, avós e tios, que pagavam alguns cruzeiros por cada edição e engordavam nossos cofrinhos!
Alguns anos mais tarde, desanimada com a faculdade de Letras que cursava na UERJ, decidi abandoná-la de vez e experimentar algo novo. Conversei com amigos que estudavam Desenho Industrial pra entender que diabos era aquilo e cheguei à conclusão de que a idéia me agradava...
Quatro anos depois meu projeto final da faculdade de Desenho Industrial foi a identidade visual de um bar e restaurante cubano. Tudo fictício, é claro. Adorei desenvolver o projeto, desde a fase inicial de pesquisa até a finalização e criação de brindes, camisetas e postais com a logomarca do bar. Foi nessa época que eu tive a certeza de que tinha escolhido a carreira certa! Nos finais de semana, trabalhava no projeto das 7 hs da manhã às 7 hs da noite sem parar mas nem via a hora passar. Eu estava completamente envolvida!
Logomarca, prato fundo e de sobremesa e camiseta CAFÉ CUBANO. Projeto final de graduação.
Nessa época já trabalhava num escritório de design que contava com bons clientes e projetos. O problema é que eu era simplesmente uma operadora de computador que tinha muito pouca autonomia e liberdade de criação. Com o tempo, a experiência e uns freelas na bagagem, fui ficando mais segura do meu trabalho e resolvi partir pra carreira solo, mesmo sabendo dos riscos e da instabilidade de ser um profissional autônomo. Por uma conjunção de fatores, terminei sendo contratada pra trabalhar numa editora especializada em publicações científicas, onde estou até hoje.
Eu gosto do trabalho que faço, me sinto reconhecida e respeitada como profissional e tenho autonomia criativa. Mas sinto que falta um quê de realização pessoal. Tenho vontade de expressar a minha criatividade de uma maneira mais solta, despojada e independente. Na vida real, algumas vezes o cliente modifica tanto a proposta original de um projeto que, no final das contas, o trabalho não tem mais a sua cara. Isso pode ser frustrante.



Quero usar esse espaço pra mostrar um pouco do que faço, do que penso, trocar idéias, dar sugestões e buscar inspiração nessas minhas companheiras de blog super talentosas e criativas!