terça-feira, 6 de novembro de 2012

Resumão das férias na Grécia – Parte 1: a romântica Santorini

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Um lindo dia de sol e a estonteante vista da Caldeira em Fira, Santorini

Charmoso hotel em Oia

Uma varanda com vista privilegiadíssima em Oia
O cão que aguardava ansiosamente o retorno do dono…

Praia Vermelha (Red Beach)

Igreja típica com sinos e domo azul em Pyrgos

Além de fofos, os burrinhos são um meio de transporte comum nas ilhas gregas

Panelinha de queijo feta derretido com tomate, pimentão amarelo, alho, ervas e azeite

A luz do fim da tarde refletindo nas águas tem um aspecto mágico!

Pôr do sol em Oia, o mais famoso de Santorini

Um dos principais motivos que me levam a querer conhecer lugares diferentes é a curiosidade. Provavelmente é por isso que os países considerados “exóticos” sempre me chamaram mais a atenção e despertaram o meu interesse desde cedo. Na minha lista estão incluídos tanto a Tailândia e Cingapura quanto Luxemburgo e País de Gales. Os dois últimos não são considerados propriamente exóticos, mas são destinos turísticos menos procurados. Só isso já basta para atiçar a minha curiosidade e o desejo de visitá-los para descobrir o que existe por lá!

Eu nunca tive vontade de conhecer a Grécia, justamente pela razão oposta ao que acabei de relatar. Durante a minha vida inteira, vi fotos das casinhas brancas debruçadas sobre o Mar Egeu em calendários, posters, catálogos de agências de viagens, anúncios de TV etc. O que normalmente induz as pessoas a quererem conhecer tal lugar, era o que me fazia ter a impressão de já ter estado lá e isso me desanimava. Assim como em outras áreas da minha vida, eu sempre gostei de fugir do óbvio.

Na nossa viagem de férias em abril, havíamos planejamos conhecer somente a Rússia e a Turquia, mas o Marcelo percebeu que teríamos 5 dias livres na programação e que seria possível incluir a Grécia no roteiro antes de voltarmos ao Brasil. Ainda bem que ele teve essa ideia!!!!!!

Como disse meu ídolo Amyr Kink, “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

Eu me apaixonei perdidamente por Santorini e, apesar de ter visto diversas imagens da ilha no passado, foi muito diferente estar lá para observar as coisas de perto, sentir, tocar, cheirar e contemplar. Não é a toa que o lugar está sempre na lista dos dez destinos mais românticos do mundo: é simplesmente E-S-P-E-T-A-C-U-L-A-R e muito mais bonita ao vivo do que nas fotos! Viva o sábio Amyr!!!!!

Chegamos em Santorini (via Istambul com conexão em Atenas) no fim da tarde e tirei algumas fotos da ilha de dentro do avião, já que fiquei impressionada com seu formato e não conseguia imaginar como seria o aeroporto em um lugar que parecia tão estreito e ondulado.

Santorini é um arquipélago vulcânico circular localizado no Mar Egeu, a cerca de 200 km de Atenas. A ilha nada mais é do que um dos cantos de um vulcão que teve sua maior e mais famosa erupção por volta de 1680 a.C. Esse acontecimento fez com que Santorini adquirisse sua forma atual e provavelmente inspirou a lenda do continente perdido de Atlântida.

O pouso foi tranquilo e fomos recebidos pelo proprietário da pousada NECTARIOS VILLA, um lugar charmoso e aconchegante, porém simples e com um precinho camarada: 45 euros por casal! Decidimos ficar em Fira (ou Thira), a badalada capital da ilha e o centro de tudo. De lá, partem ônibus públicos para várias outras localidades.

Deixamos as mochilas no quarto, pegamos algumas indicações com os donos da pousada e partimos para conhecer os arredores. Ficamos bem localizados, apesar de as vistas mais bonitas serem observadas na região da Caldeira, que concentra muitos bares, restaurantes, lojas, hotéis sofisticados e, naturalmente, turistas!

Outro dia ouvi a apresentadora Astrid Fontenelle dizendo que teve dificuldade de se comunicar na Grécia porque os gregos falavam muito mal o inglês. Achei o comentário curioso porque a minha experiência foi completamente diferente. Todo mundo falava inglês nas áreas turísticas. Algumas vezes, o sotaque atrapalhava um pouquinho, mas em geral, era fácil compreender o que o pessoal dizia.

Era tarde, estávamos um pouco cansados da viagem e com fome. Então decidimos entrar em um restaurante que estava razoavelmente cheio. Infelizmente não lembro o nome do lugar, mas foi lá que experimentei a Moussaka pela primeira vez. Trata-se de um prato típico feito com berinjela, carne moída, batata, molho bechamel, queijo, canela, noz moscada e outras especiarias. Adorei e repeti algumas vezes durante nossa estadia no país.

O Marcelo provou cordeiro assado com legumes que veio dentro de um pacotinho de papel alumínio. Não lembro de ter experimentado um pedaço, mas ele achou bem saboroso.

Depois do jantar, demos mais algumas voltas, descobrimos um minimercado onde poderíamos comprar garrafas de água, protetor solar etc. e decidimos tomar uma saideira em um pub antes de voltar à pousada.

Sabendo que a Nectarios Villa ficava de frente para o nascer do sol, O Marcelo acordou às 6:30 para curtir o momento. Apesar de estar acostumada a acordar entre 4 e 5:30 da manhã todos os dias, férias são férias, né? E eu continuei dormindo…

O café da manhã era servido no quarto ou fora dele, ao ar livre. Eu normalmente prefiro aquele sistema self-service, mas achei esse esquema mais charmoso.

Algumas horas mais tarde, fomos para o centro de Fira, passando por ruelas estreitas e por essa plaquinha fofa que indicava a estação de burrinhos, animais usados como meio de transporte na ilha. Os turistas adoram, mas eu tenho pena dos bichinhos.

Burrinhos enfileirados na escadaria que leva ao porto de Fira

Os largos degraus são numerados e, se não me engano, são 600 até chegar ao porto lá embaixo.

Preferimos descer de teleférico para escolher o passeio de barco que mais nos agradasse, seguindo para pequenas ilhas nas proximidades.

Porto de Fira

Como estávamos no final de abril e era baixa temporada, nem todos os roteiros estavam disponíveis, mas conseguimos agendar um passeio bem bacana até uma ilha vulcânica desabitada chamada Nea Kameni, onde descemos acompanhados de um guia e caminhamos pela região.

Havia vários barcos atracados no pequeno ancoradouro da ilha e ficamos atentos ao guia para que não nos perdêssemos e entrássemos na embarcação errada!

Subimos até a cratera de um vulcão ainda ativo, o que não requer um grande esforço, mas deixou algumas pessoas do grupo sem fôlego.

Quando atingimos o topo, o guia começou a contar sobre as formações rochosas da região e as sucessivas erupções vulcânicas que deram à ilha sua aparência atual. Confesso que achei a explicação muito demorada e extremamente detalhada, então me afastei um pouco para fotografar e depois reencontrei o grupo em outro ponto.

Em algumas partes da ilha, foi possível observar focos de fumaça bem quente saindo de pequenos buracos no solo e confirmar a presença de atividade vulcânica por ali.

Nea Kameni é um lugar muito bonito e ocupa a parte central de Santorini.

Em seguida, o barco fez uma parada na ilha Palea Kameni para que o pessoal mergulhasse e nadasse até a praia onde a água fica quentinha. São as chamadas “hot springs”, que surgem em função da atividade vulcânica. Não me animei a mergulhar, mas o Marcelo é o cara que topa tudo e foi conferir a atração!

De lá, seguimos para a bela ilha de Thirassia. Logo ao chegar, comemos um saboroso gyro em um pequeno restaurante e fomos explorar o local.

Subimos uma longa escadaria até o alto da ilha, de onde tivemos uma visão estonteante de toda a região. Aliás, gente, pra quem resolver dispensar os burrinhos e o teleférico, essa viagem é ótima para emagrecer: há degraus e trilhas em  abundância!!!!

Vista estonteante do topo da ilha de Thirassia

Thirassia é uma ilha-satélite que faz parte de Santorini, é bem pequena e possui apenas 270 habitantes divididos em 5 vilas.

A pequena localidade é hoje o que foi Santorini há muitos e muitos anos: um lugar de bastante paz e quietude!

Essa parada do barco aconteceu na hora do almoço e por isso tivemos mais tempo livre para passear e conhecer o local com razoável tranquilidade. Não vimos praticamente nenhum morador, mas fotografamos algumas casas, igrejas, burrinhos e lindas vistas do mar.

Depois da pausa para o almoço, o barco seguiu para Oia e decidimos ficar por lá para curtir o famoso pôr do sol da região.

Chegamos em Oia no meio da tarde e ainda havia bastante tempo para passear com dia claro.

Para chegar ao topo da ilha, havia uma grande escadaria e, de vez em quando, eu dava uma paradinha para recuperar o fôlego e fotografar a paisagem.

O vilarejo de Oia é considerado um dos mais bonitos de Santorini e está localizado na parte norte da ilha, sobre o porto de Ammoudi. Oia foi uma colônia de pescadores e marinheiros que construíram suas casas dentro de pequenas cavernas, mas também havia mansões pertencentes aos capitães dos navios. Após o terremoto de 1956, a ilha foi muito abalada e teve a maior parte de suas casas destruídas. A restauração aconteceu anos depois e recebeu várias premiações internacionais.

Hoje em dia, Oia continua sendo uma pitoresca aldeia, mas possui ruas pavimentadas, ligações entre as casas tradicionais e muitas capelas brancas com cúpulas azuis.

Oia é o lugar onde muitos namorados sonham se casar e/ou passar a Lua de Mel. É realmente um vilarejo super bonito e romântico, ideal para quem está apaixonado e quer curtir momentos especiais em meio a um cenário de rara beleza. 

É uma delícia se perder nas ruelas de Oia! Eu, que adoro design e decoracão, bisbilhotava todas as varandas e jardins das casinhas brancas que encontrava pelo caminho. Que lugar aconchegante!!!!!

Oia teve muitas casas construídas recentemente e várias delas são escavadas nas rochas ou moldadas dentro de cavernas. O branco é predominante, claro, mas vimos algumas construções pintadas de outros tons.

Na foto acima, há uma placa anunciando a venda de 3 casas com 170 m2. A maioria dos imóveis da aldeia não me pareceu muito espaçoso, a não ser os hotéis, que tem muitos quartos e se concentram na beira do penhasco, oferecendo vistas deslumbrantes da Caldeira. Aliás, observem a banheira de hidromassagem situada bem na pontinha da construção que está à venda: que delícia deve ser passar algumas horas tranquilas ali brindando à toda essa exuberância da natureza com um delicioso espumante geladinho!!!!! Ai, ai, que saudades da Grécia

Por atrair uma multidão de turistas provenientes do mundo inteiro, Oia possui diversos bares, restaurantes, hotéis e lojas. Os preços são mais salgados do que em Fira, mas lá encontrei objetos de decoração interessantes que fugiam do conceito “souvenir para turista”, incluindo vários modelos dos minimóveis com gavetinhas de porcelana pintada à mão que tenho em casa. Lindos!!!!

Loja de jóias, bijuterias, roupas, lenços e outros acessórios

Loja de marionetes

Praça principal de Oia

Oia é um lugar para se conhecer sem pressa. A cada passo, eu me deparava com um visual mais deslumbrante que o anterior e queria registrar tudo. Cada cantinho é especial e é essencial entrar nas ruelas para obter ângulos diferentes e descobrir pequenos paraísos particulares.

Uma das raras igrejas sem cúpula azul em Oia

Depois de circular bastante pela vila, decidimos sentar no terraço de um bar e apreciar a vista do mar tomando a cerveja local MYTHOS.

Esse cachorrinho chamou a atenção de um monte de gente que passava pela rua principal. Ele ficava observando o mar por um tempo, depois voltava pra dentro de casa e ressurgia alguns minutos mais tarde. Dava a impressão de que ele estava esperando o dono chegar de barco porque, algum tempo depois, ele avistou alguma coisa no horizonte, começou a abanar o rabinho e foi correndo alegremente pra casa. Depois disso, não o vimos novamente.

Do terraço do bar era possível avistar esse hotel com uma pequena piscina de água azul clarinha. Estávamos em abril, mas fazia calor e eu teria adorado dar um mergulho, mas não de topless como fez a moça da foto acima, rsrs!

Perto da hora do pôr do sol, vesti um casaquinho e nos dirigimos ao extremo oeste da vila, onde ficam os melhores locais de observação. Havia uma boa quantidade de gente por lá, mas não estava lotado, o que acontece no verão. É por isso que a gente adora viajar na baixa temporada!!!!!

O espetáculo do pôr do sol em Oia é considerado por viajantes e artistas de vários países, o mais bonito do mundo, e é por isso que a atração é tida como obrigatória para quem visita o local, independentemente da época do ano.

Eu gosto mais dos minutos que antecedem o pôr do sol, ou então, do pequeno espaço de tempo entre o sol se esvair no horizonte e a noite cair, quando o céu fica tomado de lindas cores avermelhadas, alaranjadas ou amareladas. Foi realmente uma experiência inesquecível, mas o pôr do sol mais romântico da minha vida aconteceu no dia seguinte e vou mostrá-lo para vocês ainda nesse post.

Em seguida, pegamos um ônibus de volta a Fira. Vou copiar aqui um trecho do texto do Marcelo no www.mochileiros.com sobre os transportes em Santorini, que pode ser útil para quem pretende fazer essa viagem:

“Parêntese para ônibus em Santorini: foi o meio de transporte que usamos durante nossa estadia. Até queria alugar um ATV, mas não levei minha carteira de motorista. Usar o ônibus é tranquilo – até o cobrador do ônibus falava inglês! (Comentário da Bonfa: Astrid, em que parte da Grécia você esteve?????) – e cobre bem toda a ilha. Porém, os ônibus saem de e voltam sempre para Fira. Atenção que os horários mudam constantemente (o ideal é você saber deles na estação de Fira). E mais: eventualmente os ônibus saem *antes* da hora marcada – aconteceu conosco (felizmente já dentro do ônibus) em Oia!”.

Em Fira, jantamos no restaurante ARGO e adoramos a experiência. Se eu já tinha amado a comida turca, a grega me deixou completamente apaixonada!!!! Quantos temperos diferentes e sabores pronunciados… eu gostei de tudo o que provei, acho que não houve nenhuma exceção.

Pedimos o vinho da casa, que veio em uma jarrinha de cerâmica: bom e barato. O pão do couvert era delicioso, assim como a tapenade de azeitonas pretas, a melhor que já comi na vida! E vocês adivinham o que a gente pediu de entrada? O nome do prato em inglês era GRILLED PLEUROTUS MUSHROOMS.

Trata-se de um tipo de cogumelo que, quando grelhado, fica com gosto de carne! Foi o que o maître nos disse e era verdade mesmo! Parecia um churrasquinho, só que a textura era diferente. Achei bem interessante e saboroso.

Eu não lembrava do que pedimos como prato principal, mas vendo a foto acima e o cardápio no site do ARGO, acho que foi o GREEK PLATE FOR TWO, uma combinação de especialidades gregas que incluía moussaka, pimentão e tomate recheados, fava, vitelo, tzatziki, batatas fritas e salada. Ficamos bastante satisfeitos e fomos direto para a pousada garantir uma boa noite de sono.

No dia seguinte, troquei a calça jeans por uma bermuda bem confortável e seguimos para uma longa caminhada.

Era dia de conhecer as ruínas da antiga cidade de Thira. Pegamos um ônibus para a praia de Perissa, que estava vazia de manhã cedinho, e procuramos a trilha que nos levaria às ruínas.

Levamos uns 45 minutos caminhando da base até o alto do morro onde ficam as ruínas.

Foi uma subida relativamente tranquila, mas para quem prefere chegar com mais conforto e dispensar a atividade física, há a opção de subir por Kamari, que fica do outro lado e possui uma estrada asfaltada até a base de Thira.

A vista lá de cima é deslumbrante!!!!!

Reparem na curiosa faixa de areia preta da praia!

Para entrar no sítio arqueológico, é necessário desembolsar 2 euros, mas vale muito a pena. Além de contemplar as ruínas de uma cidade que existiu há centenas de anos antes de Cristo, o visitante ainda pode se encantar com o lindo visual do mar!!!!

Nem todas as áreas são abertas à visitação, mas todas podem ser admiradas ao longe. A sinalização é bastante eficiente e, embora não reste muita coisa em pé, por meio de desenhos e plantas baixas, a gente consegue imaginar como viviam os habitantes dessa cidade com vista privilegiadíssima!!!!

Detalhes das ruínas de Thira

Depois de explorar o lugar, descemos pela estradinha para Kamari, do outro lado. Uma coisa muito curiosa aconteceu esse dia: um cachorro nos acompanhou desde Perissa até o alto do morro, entrou nas ruínas conosco, passeou por lá e começou a descer a estradinha para Kamari na hora em que fomos embora. Ficamos com medo de ele estar perdido porque percebemos que havia uma medalhinha em volta de seu pescoço.

O Marcelo escreveu o seguinte sobre o espisódio: “Sei que ele ficava caçando calanguinhos o tempo todo, além de não ser muito dado a chamegos. Parecia nosso guia mesmo, mas era ele que nos seguia. Conseguimos dar água ao cão no meio da descida – fazia muito sol e ele realmente estava cheio de sede. Eis, que, chegando em Kamari e sentando num bar, perguntamos se o garçom conhecia o cachorro. Ele disse que sim, que o cachorro é de rua, mas todos na região o conhecem e cuidam dele, tanto ali como em Perissa”.

Parece que todos os cães de rua em Santorini são devidamente cadastrados na prefeitura, vacinados e bem tratados. Ficamos felizes em saber que nosso “guia” não estava perdido. Talvez ele quisesse apenas companhia para seu passeio matinal!

Escolhemos um bar na praia e pedimos uma porção de lula à dorê, além de um pedaço de queijo feta regado com azeite e ervas. O queijo estava delicioso, como sempre, mas a lula  deixou um pouco a desejar porque não estava tão sequinha quanto eu gostaria.

Depois dos belisquetes, pegamos um ônibus de volta para Fira e passeamos pelos arredores até a hora da saída do transporte para as ruínas de Akrotiri e a famosa Praia Vermelha.

Detalhe dos bancos públicos decorados com almofadinhas azuis em Fira

O dia estava lindo e eu quase ia esquecendo de contar pra vocês que, mais uma vez, São Pedro se revelou um amigão: nos dois dias anteriores à nossa chegada, o tempo estava fechado, choveu e ventou muito. Mas, assim que desembarcamos na Grécia, o sol surgiu radiante e nos acompanhou durante todo o tempo em Santorini.

Praça em Fira

Há muitas lojas de souvenirs em Fira vendendo objetos decorativos semelhantes. Eu gostei de algumas coisas, mas me encantei mesmo com as capas de almofadas coloridas feitas de lã que mostrei NESSE POST.

Achei interessantíssimo esse esquema do DR. FISH SPA!!!!! Havia vários estabelecimentos assim em Santorini e eu tive que parar em frente a um cartaz para saber mais sobre a experiência.

Trata-se de um tratamento para os pés que funciona da seguinte maneira: o peixe médico (Garra rufa) é utilizado com fins medicinais, consumindo apenas a pele morta e deixando a parte saudável crescer normalmente. A pessoa introduz os pés em um tanque cheio de água e os peixinhos começam a mordiscá-los. Eu não sei se gostaria do tratamento porque teria receio de sentir cócegas, mas achei a coisa toda muito curiosa e dizem que é bastante recomendado para quem sofre de psoríase.

Akrotiri é o nome de um bairro bastante conhecido por sediar um sítio arqueológico com escavações que remetem à Idade do Bronze (1.500 anos a.C.). A antiga cidade de Akrotiri foi enterrada pela erupção do vulcão Thera durante o milênio II a.C. e por isso permaneceu muito bem preservada.

Infelizmente, o lugar ficou fechado durante anos devido a um acidente com um telhado de vidro que matou um turista, mas eis que o sítio arqueológico reabriu dias antes de chegarmos a Santorini!

O espaço foi todo reformado e hoje em dia, a visitação é feita sobre passarelas. O Marcelo gosta bem mais de ruínas do que eu, mas ficou decepcionado com a falta de sinalização e de informações sobre o local. Talvez teria sido melhor esperar até que a estrutura estivesse mais bem preparada para receber turistas antes de reabri-la… enfim, ficamos bem pouco tempo por lá e seguimos para a Praia Vermelha (Red Beach).

O acesso à praia é feito somente por trilha e no caminho pudemos observar os diversos tons de azul das águas do Mar Egeu.

O contraste das falésias vermelhas com o mar bem azul rende belas imagens!

A praia é rochosa e é difícil caminhar por ela sem algum tipo de calçado. Mas vale a pena descer e seguir andando até a divisa com a Praia Branca (White Beach).

Marcelo molhando os pés no mar

Detalhe das pedrinhas vermelhas e pretas na Red Beach

No fim da tarde, voltamos à Fira e fomos jantar no restaurante FANARI, recomendado pelos donos da pousada em que estávamos hospedados.

Para começar, pedimos duas cervejas locais, a ALFA e a VOLKAN, que é feita em Santorini mesmo. As duas são boas cervejas, mais amargas do que as loiras brasileiras, o que me agradou.

Esse pôr do sol foi o mais especial que experimentei em Santorini, apesar de o evento que acontece em Oia ser mais famoso e badalado. O restaurante era muito agradável, o atendimento simpaticíssimo e as cervejas me deixaram soltinha e relaxada, rsrs!

As lindas tonalidades do céu logo após o pôr do sol

Tenho a impressão de que o Marcelo optou por um prato mais consistente esse dia, mas não encontrei nenhuma foto dele. Como adoro beliscar, provei uma entradinha após a outra e achei tudo delicioso. A panelinha de queijo feta temperado me conquistou assim que chegou à mesa e eu acabei de lembrar que preciso reproduzir o petisco em casa qualquer dia desses!!!! Basta misturar o queijo (que encontro no HORTIFRUTI) com tomate, pimentão, alho, cebola, ervas e azeite.

O bolinho de abobrinha com molho tzatziki (iogurte, pepino, alho, azeite e condimentos) também estava bem gostoso e suculento.

Adorei a combinação!!!!

Quando a noite caiu, o céu ganhou esses lindos tons em degradê da foto acima. Foi uma noite bem especial!

No último dia em Santorini, pegamos um ônibus para Pyrgos, local onde é possível avistar toda a ilha. É interessante desbravar a região, perder-se entre as ruelas e admirar as casinhas fofas.

Igreja típica com sinos e domo azul em Pyrgos

Casa em Pyrgos

Reparem na estrutura dessa casa… tem um túnel passando por debaixo dela!

O passeio foi rápido, mas o ônibus demorou um pouco na volta. Depois de algum tempo, retornamos à Fira, onde comemos novamente no restaurante ARGO e aproveitamos a tranquilidade da baixa temporada para escolher uma mesa bem localizada com vista para o mar.

Mais uma vez, pedimos o vinho da casa e fomos extremamente bem atendidos. Aliás, no restaurante, o pessoal era mais contido, mas eu achei os gregos tão parecidos com os brasileiros!!!! O povo era alegre, divertido, caloroso, extrovertido e as pessoas viravam seus melhores amigos depois de 5 minutos de bate-papo.

Os croquetes de tomate são um petisco tradicional de Santorini e resolvemos pedir uma porção. Estavam gostosos, mas eu fiquei muito mais empolgada com os bolinhos de abobrinha da noite anterior!

Em compensação, a panelinha de queijo feta derretido com tomate, pimentão amarelo, alho, ervas e azeite estava ainda mais saborosa que a do restaurante Fanari.

Como prato principal, optamos pela moussaka, que é sempre uma ótima pedida na Grécia!!!!

Quando terminamos a refeição, ganhamos um pequeno cálice de vin santo como cortesia, um vinho tinto adocicado tradicional da região, que deve ser tomado como aperitivo, sempre bem geladinho.

Fechamos a conta e nos despedimos de Santorini em meio a uma cena bem típica: um casamento grego com direito a músicos tocando ao ar livre, palmas, fogos e muita animação!

Fiquei observando os noivos e seu cortejo por algum tempo e depois seguimos para a pousada. O pessoal da Nectarios Villa foi extremamente prestativo e nos levou ao aeroporto de uma forma peculiar: foi marido, mulher, filho e até cachorro dentro do carro, muito legal! Me senti fazendo parte da família, adorei esse jeito caloroso e cheio de intimidade de nos receber. O Nectario era mais caladão, mas a Katerina, sua esposa, era muito divertida, alegre, cheia de entusiasmo e energia… uma figuraça!!!!

Adorei os gregos e, como mencionei no início do post, me apaixonei por Santorini. Fiquei com muita vontade de voltar algum dia para conhecer Mykonos e Rodes.

O próximo post da série será sobre Atenas, a última cidade que conhecemos na viagem de férias, mas antes vou preparar a última festa do ano lá em casa: o Chá das Flores!!!!

Um grande beijo pra todos com votos de um dia bem animado!!!!

*Fontes:
http://www.mochileiros.com/grecia-santorini-atenas-t70305.html
http://www.dicaseturismo.com.br/santorini-a-ilha-dos-apaixonados/
http://inquietosblog.com.br/tag/grecia
http://www.squidoo.com/oia_antorini
http://wazariblog.com/2009/08/21/santorini-oia/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe-m%C3%A9dico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Akrotiri_(Santorini)

Bonfa-ass