Pôr do sol no Monte Licabetus
Acrópole de Atenas
Detalhes das gigantescas colunas gregas
Estádio Panathinaiko
Eu pretendia terminar a série de posts sobre as férias de abril (Rússia, Turquia e Grécia) no final de 2012, porém a correria da época de festas e as novas férias em novembro (Colômbia) me atropelaram. Mas eis que 2013 chegou e, fazendo uma retrospectiva, fiquei feliz por ter conseguido publicar quase todos os relatos das viagens internacionais e uns 60% das viagens nacionais que fizemos no ano passado. Como já mencionei algumas vezes, não imprimo fotos há muito tempo nem mantenho álbuns virtuais atualizados, então esses posts funcionam como fontes de consulta a fim de relembrar momentos especiais. Também gosto de compartilhar dicas e sugestões com quem planeja visitar os lugares por onde passei. Se eu puder ajudar, basta deixar um comentário aqui que respondo em breve!
Sendo assim, hoje é dia de escrever sobre Atenas, a capital da Grécia e nossa última parada antes do retorno ao Brasil.
Ficamos hospedados por duas noites no THE STUDENT & TRAVELLERS INN, um hotel/albergue simples, porém muito bem localizado no animado bairro de Plaka a 10 minutos de caminhada da Acrópole, da Praça Syntagma e do metrô.
Nos arredores do hotel, a gente encontrou de tudo: bares e restaurantes com mesas nas calçadas, lojas de souvenirs, lojas de conveniência, casas de câmbio etc. Plaka é um bairro charmoso e aconchegante que possui ruas estreitas revestidas de pedra e paralelepípedo. A maioria delas é fechada para carros e é uma delícia percorrê-las sem pressa.
No primeiro dia fomos direto visitar a atração principal da cidade: a Acrópole. Segundo a Wikipedia, “Acrópole (do grego ἀκρόπολις, composto de ἄκρος, "extremo, alto", e πόλις, "cidade") é a parte da cidade construída nas partes mais altas do relevo da região. A posição tem tanto valor simbólico, elevar e enobrecer os valores humanos, como estratégico, pois dali podia ser melhor defendida.”
Na bilheteria da Acrópole é possível comprar um ingresso válido para entrar em vários pontos turísticos e foi o que fizemos para aproveitar bem os dois dias que passamos em Atenas. A Acrópole de Atenas abriga algumas das mais famosas construções do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion.
O Erecteion é um templo grego consagrado a Atena, Hefesto e Erecteu que foi erguido entre 421 a 406 a.C. É reconhecido como o mais belo monumento em estilo jônico da antiguidade.*
As Cariátides são essas colunas esculpidas como estátuas femininas que suportam na cabeça todo o peso do templo. Algumas vezes os gregos utilizavam esse recurso estético para substituir as colunas de sustentação tradicionais.
Marcelo e o Erecteion
Detalhe das grandes colunas e do encaixe dos blocos de pedra
O Partenon é certamente a edificação que chama mais atenção na Acrópole e é considerado o maior símbolo da Grécia.
Infelizmente, ele estava cercado por andaimes e parece que é sempre assim, ou pelo menos foi a impressão que tivemos depois de ver muitas fotos do monumento sempre em restauração.
Na foto acima, registrei um raro pedaço do Partenon sem os andaimes. Apesar de eu tentar evitar fazer comparações, foi impossível não lembrar de Éfeso, na Turquia, e pensar que a cidade antiga me cativou muito mais do que a Acrópole. A Biblioteca de Celsius está muito melhor conservada e os outros prédios me pareceram mais “inteiros” e imponentes do que na Grécia. Vocês podem ver o post que escrevi sobre o Éfeso aqui:
http://casosecoisasdabonfa.blogspot.com.br/2012/07/resumao-das-ferias-na-turquia-parte-1.html
Vista de Atenas a partir da Acrópole com o Templo de Zeus em destaque
Marcelo e eu em frente à fachada do Odeão de Herodes Ático
Odeão é o nome dado ao pequeno anfiteatro grego usado para competições musicais. Sua estrutura era semelhante a de um teatro com a diferença de que o odeão possuía uma cobertura com o objetivo de reter o som, proporcionando uma acústica melhor.
Há muitas ruínas milenares espalhadas pela cidade. Depois de percorrer a Acrópole, seguimos para visitar a Ágora, um espaço público importante na constituição do espaço urbano da Atenas clássica.
A Ágora de Atenas caracterizava-se como uma grande praça em meio às casas típicas da época. De um lado, era limitada por uma série de edifícios públicos, cada um representando um papel diferente na vida política da cidade. Do outro lado havia mercados e feiras livres.
Vista da Acrópole
Detalhe da Stoa de Átalo na Ágora de Atenas
De algumas construções só resta um amontoado de pedras e seria difícil imaginar o que existia ali se não fossem os mapas e desenhos colocados perto dessas atrações.
Fizemos uma pausa para o almoço em uma badalada rua de pedestres da cidade (Adrianou). Havia muita gente passeando por lá, além de vendedores ambulantes, comerciantes de antiguidades e até uma banda tocando samba! Foi uma pena não anotarmos o nome do restaurante onde o Marcelo comeu um suculento gyro e eu pedi um pratinho de queijo feta assado com tomate e pimentões. Gostamos tanto que voltamos no dia seguinte.
Mais tarde fizemos uma nova parada a fim de experimentar um delicioso cappuccino freddo e outra bebida com café. Percebemos que um monte de gente pedia esse tipo de drink e decidimos imitar os locais.
Eu me apaixonei pela vitrine da loja OCTOPUS que, infelizmente, permaneceu fechada durante o final de semana.
Os objetos expostos eram fofos, coloridos, criativos e divertidos!!!! Amei os relógios de parede!!!! Algumas peças eram da marca francesa PYLONES, mas havia vários outros acessórios que eu nunca tinha visto. Bom, já que eu não pude entrar, pelo menos fotografei a vitrine para deixar aqui a dica e, quem sabe, voltar algum dia!
No fim da tarde fomos curtir o último por do sol da viagem no Monte Licabetus. No caminho, passamos pelo Jardim Nacional (National Gardens), uma área muito agradável que abriga um pequeno zoológico.
Passamos também pelo Zappeion, um belo edifício geralmente utilizado para reuniões e cerimônias oficiais.
Subimos à pé o Monte Licabetus porque gostamos muito de andar, mas é uma caminhada meio cansativa. Para quem quiser subir com mais conforto, há um funicular.
Lá de cima é possível apreciar uma belíssima vista da cidade e de algumas montanhas nos arredores. Pedimos duas cervejas no bar e ficamos papeando em uma das mesas ao ar livre esperando o pôr do sol.
Pôr do Sol visto a partir do Monte Licabetus
Quando escureceu, descemos pelo mesmo caminho e fizemos um passeio pelos arrredores do hotel antes de escolhermos um lugar para jantar.
Iluminação noturna do Museu da Acrópole
As ruas de Plaka são muito fofas e à noite ganham uma iluminação romântica e aconchegante.
Adorei a decoração das prateleiras do bar BRETTOS, repletas de garrafas coloridíssimas!!!!
Como se trata de uma zona bastante turística e os restaurantes são colados uns nos outros, o viajante é muito assediado em Plaka. Há vários estabelecimentos que servem comida típica e escolhemos um que ficava bem pertinho do hotel porque o cardápio parecia promissor e o garçom nos ofereceu uma cerveja grátis, rsrs!
Sou apaixonada por queijo feta e, como eu sabia que não seria tão fácil nem barato encontrar a iguaria no Brasil, aproveitei para comê-lo todos os dias em que estive na Grécia. Por isso pedi um pedaço do queijo regado com azeite e orégano como entrada.
Muitas vezes troco o jantar por vários petiscos e esse dia resolvi experimentar a tradicional Spanakopita, uma espécie de massa folhada recheada de espinafre e ricota.
O Marcelo optou por um prato mais consistente com batatas, tomate e pimentão recheados com carne moída.
No dia seguinte, fomos visitar as atrações que estavam incluídas no ingresso comprado na entrada da Acrópole: o Templo de Zeus e o Arco de Adriano.
O templo de Zeus Olímpico, também conhecido como Olympeion, é a ruína monumental de um antigo templo dedicado a Zeus, cuja construção começou no século VI a.C.*
Detalhe das colunas do Templo de Zeus
Detalhe das colunas do Templo de Zeus
Em seguida, partimos para o Panathinaiko, um estádio de atletismo construído inteiramente em mármore. Suas fundações originais remontam há mais de 2.300 anos.
O estádio foi construído em 566 a.C. e reconstruído em 329 a.C. Em 1870 suas ruínas foram restauradas e em 1895 foi reformado para a realização dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna em 1896.*
Curiosa estátua do Estádio Panathinaiko
Sua pista tem forma de U e suas arquibancadas tem capacidade para 80.000 espectadores sentados. Recentemente o estádio foi usado para celebrar conquistas importantes dos esportistas gregos, como o título do Campeonato Europeu de Futebol de 2004. Foi nesse mesmo ano que os Jogos Olímpicos voltaram a ser sediados em Atenas.
Alugamos um guia de áudio e seguimos as intruções até avistarmos um portão que dava acesso a um grande túnel. No final dele, havia um salão com exposição de pinturas inspiradas nos Jogos Olímpicos e algumas tochas usadas em edições recentes do evento.
Quando a visita terminou, passeamos por outras regiões menos turísticas da cidade e depois voltamos à badalada rua Adrianou onde provamos o último gyro da viagem.
Na verdade, nem eu nem o Marcelo lembrávamos do nome dessa rua cheia de atrativos, mas eis que na foto acima havia uma pista: o nome do restaurante “MOMA”. Não foi lá que paramos para comer, mas eu voltaria mais vezes nessa simpática região para conhecer outros bares, cafés e restaurantes.
Detalhe da fachada de um café na Rua Adrianou
Depois de vinte e poucos dias conhecendo mais um pedaço do mundo, pegamos as mochilas no meio da tarde e seguimos para o metrô rumo ao aeroporto. Assim terminou uma das viagens mais interessantes que eu fiz na vida!!!!
Um grande beijo pra todos com votos de muitas férias inesquecíveis!!!!