LA OVEJA NEGRA: Av. del Libertador 1315 - Local 9, El Calafate, Argentina

Ah, lembrei de uma coisa simpática que vimos nesse bar e em todos os outros nessa viagem: como cortesia, uma porção de amendoim, pipoca e/ou azeitonas eram colocados na mesa antes de pedirmos as cervejas. Achei esse gesto tão simpático e atencioso, talvez por não estar acostumada a ver isso por aqui no Rio. É uma gentileza com o cliente e tem um custo irrisório para o dono do estabelecimento. Quando estivemos no México, a cortesia de entrada era, na maioria das vezes, uma porção generosa de tortilla chips com 2 ou 3 molhos apimentados. Nos bares dos Estados Unidos, sempre encontrei amendoins condimentados, mini-pretzles ou um mix de biscoitinhos. Espero que essa moda pegue aqui!
LA LECHUZA: Avenida del Libertador 1301, El Calafate, Argentina
BORGES Y ALVAREZ: Av. Del Libertador 1015 - Local 27, El Calafate, Argentina
Depois de pagar a conta, circulamos um pouco pelos arredores para escolher um restaurante. Tanto a mãe do Marcelo quanto meus pais, que já haviam estado na Patagônia, sugeriram que provássemos o típico assado de cordeiro, e não poderíamos sair de lá sem degustar essa iguaria. Optamos pelo restaurante Mi Viejo, que deixava exposta na vitrine uma grande carcaça de cordeiro sendo assada na hora. O cheirinho era bom demais e resolvemos arriscar. De entrada, como cortesia, veio uma cesta de pães acompanhada de um patê de filé mignon delicioso. O Marcelo pediu o churrasco de cordeiro e eu optei por uma versão mais elaborada, acompanhado por batatas e molho de cogumelos. Todos os dois estavam ótimos e o cordeiro definitivamente tem que estar na lista de quem visitar essa região!


LA COCINA: Av. Del Libertador 1245, El Calafate, Argentina


Nossa refeição seguinte aconteceu em Puerto Natales, no Chile. Chegamos no hotel por volta das 17:30h, muito cedo para jantar. Então resolvemos explorar a cidade e procurar um restaurante que oferecesse uma ceia natalina. Tivemos um pouco de dificuldade porque a cidade é bem pequena e muitos restaurantes só reabririam depois das festas. Depois de muito procurar, encontramos dois restaurantes bonitinhos que exibiam o menu da ceia na porta de entrada. Optamos pelo Afrigonia, que de acordo com o jornalzinho local distribuído no hotel, era um dos melhores restaurantes da cidade. Falando assim, pode parecer que o restaurante era luxuoso e caro, mas isso está bem longe da verdade. A cidade é muito simples e o restaurante idem e, além disso, bem apertadinho. Conseguimos reservar uma das últimas mesas e, antes de voltar ao hotel para nos arrumarmos, resolvemos experimentar nossa primeira cerveja chilena num bar ali perto. Pedimos a Austral Calafate Ale, que leva em sua composição o calafate, fruta vermelha típica da região. Não me agradou muito por ser adocicada.
Às 20 hs em ponto estávamos diante do Afrigonia e fomos os primeiros clientes da noite. Um detalhe curioso sobre o restaurante é que seus proprietários Kamal Nawaz, nativo de Zâmbia e Nathalie Reffer, chilena, se conheceram na África, iniciaram um romance e decidiram abrir o Afrigonia em Puerto Natales pensando numa fusão da culinária africana com a chilena. A Ceia de Natal começou bem. Recebemos uma taça com a bebida típica chilena: o Pisco Sour. Parece com nossa caipirinha mas, no lugar da cachaça, leva um aguardente chamado pisco e um pouco de clara de ovo pra dar uma consistência mais densa à bebida. Antes da entrada, foram servidas mini ciabattas com molho apimentado. Como entrada, creme de centolla e saladinha de tomate, rúcula e queijo de cabra. O prato principal do Marcelo foi peru recheado com castanhas sobre maçãs sautée e molho de gengibre. O meu prato e das minhas primas era composto de kebab de salmão com molho cremoso de camarões e abacaxi gratinado. A sobremesa flambada foi muffin de banana com calda de cranberries. E no final, um mimo: Pan de Páscua, que é a versão chilena do nosso panetone. Achei uma delícia, a massa era bem molhadinha e recheada de nozes, amêndoas, passas, canela e especiarias. Antes de pagarmos a conta, mais uma surpresa: ganhamos uma taça de espumante para brindarmos à noite. Resultado: comida deliciosa, fresca e criativa, além da companhia agradável, ótimo vinho e uma experiência natalina diferente. Foi a primeira vez que passei o Natal fora de casa e longe da família.
AFRIGONIA: Eberhard 343, Puerto Natales, Chile










Depois da visita ao parque Torres del Paine, voltamos ao hotel pra trocar de roupa a fim de aproveitar nosso segundo e último dia em terras chilenas. Como o passeio ao parque incluiu um farto almoço, não estávamos com muita fome e então procuramos um bar para beliscar alguma coisa enquanto degutávamos outras cervejas locais. Descobrimos um bar/restaurante/pousada moderninho chamado Aqua Terra e vimos que havia no cardápio uma salada de Centolla ou King Crab. Trata-se de um siri gigantesco, digamos assim. É típico de águas bem frias, somete encontrado nessa região ou no Alasca. Tal qual o cordeiro patagônico, nos foi recomendado que que não deixássemos a Patagônia sem provar um prato feito com centolla. Os preços eram normalmente salgadíssimos, mas no Aqua Terra, a salada tinha um valor razoável e resolvemos pedi-la. Confesso que achei o bicho meio sem graça. Talvez porque prefira pratos cremosos, com bastante molho e tempero. Mas valeu a experiência. Gostosa mesmo estava a quesadilla com molho de tomte picante que pedimos antes da salada. Brindamos nosso último dia em Puerto Natales com Pisco, que estava menos doce que o do Afrigonia e levava angostura. Depois pedi uma Antares Imperial Stout (maravilhosa!) e terminamos a noite dividindo uma garrafa de vinho tinto.



De volta à Argentina, pegamos um vôo para Ushuaia, que fica a 1 hora de distância. Nossa primeira experiência gastronômica lá talvez tenha sido a melhor de toda a viagem. Um dos restaurantes recomendados pelos guias de viagem era o Gustino. O restaurante é grande, bonito e os pratos são muito saborosos e bem servidos. Lá experimentei pela primeira vez a cerveja Beagle, enquanto o Marcelo e as meninas tomaram vinho. De entrada, pedimos uma deliciosa mousse de parmesão com tomate seco e ervas. O prato do Marcelo foi cordeiro fueguino recheado com presunto de parma feito no molho de Syrah com batatas andinas, brócolis e cogumelos Portobello. A apresentação era linda! O prato que eu e minhas primas escolhemos foi triangoli negro de salmão defumado com molho cremoso de alho poró com um toque de kirsh. Maravilhoso também! Com certeza é um lugar que recomendo e voltaria várias vezes para experimentar outros pratos.





No dia seguinte, jantamos em outro restaurante recomendado num dos guias de viagem, o Tante Nina. Conseguimos uma mesa perto da janela que dava para o porto. Pensamos em pedir um prato de centolla, mas os preços nos detiveram. Um prato individual feito com o super siri custava, em média, 80 reais! Pedimos então um medalhão de mignon com molho de vinho e mostarda coberto com lascas de amendoas sob finas batatas sautée. Estava delicioso, muito macio e suculento! Foi uma das refeições que mais gostei em toda a viagem. De sobremesa, dividimos um brownie com sorvete de creme e calda de frutas vermelhas. Achei linda a escultura de caramelo em cima do sorvete, com vocês podem conferir na foto abaixo.
10º DIA: USHUAIA - Expedição em 4x4 Lago Fagnano e Escondido
Sairemos de nosso hotel em veículos off road em direção a Cordilheira Martial e ao Paso Garibaldi. Seguiremos então por trilhas em meio a bosques de lengas cruzando riachos até o lago Fagnano, o maior da Terra do Fogo, com mais de 100 kms de extensão. No caminho poderemos observar a fauna e a flora locais além da ação dos castores na região. Nas margens do lago faremos um pic-nic com churrasco fueguino e vinho. No retorno, aproveitaremos para conhecer o lago Escondido, aos pés da cordilheira, onde os mais animados poderão praticar canoagem. No início da noite, retorno para ao hotel.
O passeio foi bem legal e tivemos uma boa surpresa: o tal pic-nic era, na verdade, um churrasco (ou parrilla) feito dentro de uma casa particular, toda construída em madeira e vidro e com grandes janelas que davam para um vasto campo verde. E nós éramos os únicos na excursão!!!! Adoramos a experiência e fomos muito bem recebidos pela dona da casa. De entrada, havia queijo, presunto, pães e molhos. Depois assamos alguns legumes junto com as carnes. Para acompanhar o churrasco, havia vinho e refrigerante. Bom, o vinho não era lá grande coisa, mas serviu pra amenizar o frio, assim como a lareira... Não havia sobremesa, mas uma mesa com chá, café e alfajores estava à nossa disposição. Foi um passeio muito agradável que fez com que eu me sentisse em casa, bem recebida e aconchegada. Recomendo!



Segundo o guia Frommer´s, outro lugar que deveríamos conhecer era o Ramos Generales. O edifício onde funciona o bar/café foi construído em 1906 e funcionou durante muitos anos como um típico armazém, encarregado de prover não só produtos alimentícios, mas também roupas, ferramentas, utilidades domésticas, bebidas e etc. A decoração é composta por muitas prateleiras que vão até o teto ornamentadas de garrafas e latas antigas, além de embalagens de biscoitos, pastas e cereais que não existem mais há muitas décadas. O banheiro é uma atração à parte, decorado de maneira bem rústica, com bacias de metal no lugar das pias. As meninas tomaram capuccino e comeram torta. Eu e marcelo dividimos um sanduíche de presunto e pedimos cerveja, claro!!! Eu tomei a minha favorita Antares Imperial Stout e ele pediu o trio de degustação da cerveja Cape Horn (Stout, Pilsner e Pale Ale), mais uma das nossas boas descobertas.





Deixo pra vocês uma receita do Pan de Páscua chileno que amei e a gente se vê de novo na semana que vem!

RJ: Rua Visconde de Pirajá, 580 SL 213 – Ipanema – Rio de Janeiro
Tel.: (21) 3256-2595 / 3256-2594Beer
SP: Rua Inhambu, 385 SL 16 – Moema – São Paulo
Tel.: (11) 3596-7190 / 3596-7150
http://www.beerparadise.com.br/index.asp
Aconchego Carioca
Rua Voluntários da Pátria 446 – loja 01
Cobal do Humaitá – Botafogo
CEP 22270-010
Rio de Janeiro – RJ